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Centrais sindicais fazem greve em todo o país contra a Reforma da Previdência e desemprego

A imagem pode conter: atividades ao ar livreAs principais centrais sindicais convocaram para esta sexta-feira uma greve geral em todo o país contra a reforma da Previdência. Belo Horizonte amanhece sem metrô, sem aulas nas escolas e com paralisação em diversos outros serviços para a população, mas os ônibus estão rodando normalmente.

Escolas municipais e estaduais não terão aulas. Na rede particular, a decisão é de cada instituição.

Apesar de determinação do TRT para que o metrô de BH opere em escala mínima nos horários de pico, sob pena de multa de R$ 200 mil, os trens não estão circulando nesta manhã. Já os ônibus irão rodar normalmente.

Os serviços de urgência e emergência nas UPAs e no Hospital Odilon Behrens vão funcionar com a escala mínima de 30%. Já os centros de saúde, segundo o sindicato, não devem abrir as portas. Escala mínima também nos serviços de saúde da rede FHEMIG, na Hemominas e na Funed. O Sindicato dos Bancários de BH e Região confirmou adesão à greve.

Além da paralisação, está marcada uma manifestação nesta manhã na Praça Afonso Arinos, com concentração a partir das 10 da manhã e previsão de deslocamento, a partir de 11 horas rumo à Praça da Estação.

Os manifestantes também cobram mais empregos e o fim do contingenciamento de gastos em universidades.

São Paulo

Em São Paulo, a grande dúvida era sobre a adesão das categorias ligadas ao setor de transporte, já que são elas que, efetivamente, determinam o sucesso ou não de uma greve geral.

Inicialmente, os sindicatos dos funcionários do Metrô, da CPTM (trens metropolitanos) e ônibus anunciaram adesão total à paralisação. Mas decisões judiciais determinaram que os serviços deveriam continuar sendo oferecidos. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos (SMT), a Justiça determinou que o Metrô mantenha 100% do quadro de funcionários nos horários de pico e 80% no restante do dia e, na CPTM, 100% do quadro de servidores em todo o horário de operação.

A São Paulo Transportes (SPTrans, que cuida dos ônibus) também conseguiu uma decisão judicial que determina a manutenção do serviço. Em nota, afirmou que houve determinação para “que se mantenha o serviço, em especial nos horários de pico entre 5 horas e 9 horas e entre 17 horas e 20 horas, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia, no caso de descumprimento”. A liminar, porém, não especifica a porcentagem da frota que deve funcionar nos horários de maior circulação.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo decidiu em assembleia no início da noite de ontem aderir somente no início da manhã à greve geral. Os ferroviários desistiram da paralisação.

Nas escolas, os sindicatos dos professores das redes de ensino municipal, estadual e particular decidiram aderir ao movimento. Ao menos 33 colégios particulares de São Paulo devem ter as atividades suspensas ou interrompidas parcialmente nesta sexta-feira. Segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), entre os colégios que aprovaram a greve estão o Equipe, Oswald de Andrade, Notre Dame, Escola da Vila, São Domingos, Vera Cruz e Santa Cruz. Em alguns deles, as atividades só serão suspensas em um período ou para alguma etapa de ensino.

Itatiaia