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Conta de luz deve ficar mais cara com reajuste acima de 20% na bandeira vermelha

Marcos Oliveira/Agência SenadoO diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone, afirmou nesta terça-feira, 15, que o órgão regulador irá definir os novos valores das bandeiras tarifárias até o final de junho. Segundo o diretor, o reajuste do patamar mais alto, a bandeira vermelha 2, deve ultrapassar os 20%, como previsto na consulta pública da Aneel.


Criado em 2015, o mecanismo das bandeiras representa se haverá ou não cobrança adicional nas contas de luz dos consumidores, a depender das condições de geração de energia elétrica no País. Diante da seca histórica nos principais reservatórios das usinas hidrelétricas, o entendimento é de que será preciso aumentar os valores por conta do maior uso de usinas térmicas, necessárias para garantir o abastecimento.

Várias possibilidades foram analisadas para fazer frente aos custos, entre elas a elevação do patamar mais alto, a bandeira vermelha 2, ou a criação de uma nova faixa. Pela proposta apresentada em março pela agência, as taxas cobradas quando a agência acionar bandeira vermelha irão aumentar. No patamar 1, a taxa adicional pode subir de R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 4,599 - aumento de 10%. No patamar 2, o reajuste pode chegar a 21%, passando de R$ 6,243 a cada 100 kWh para R$ 7,571.

“A geração do País subiu pelo fato de não termos água para gerar nas nossas hidrelétricas, essa energia será gerada nas térmicas, logo esse custo vai ser apresentado por meio do mecanismo das bandeiras”, disse. Segundo ele, o valor deve superar o que foi previsto na proposta de revisão da agência. “Com certeza esse valor ainda deve superar um pouco os R$ 7, os 20%.”

Estadão Conteúdo
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

 

15/06/2021